sexta-feira, abril 20, 2007

Vibração (Ale – 20/04/2007)


Eu sou de mim
Cada pedaço de desejo
De ser nada

Em sintonia absoluta
Com o espaço

No universo
O meu tempo,
Meu pedaço

Canta à noite
E à lua cheia
Mãe brilhante

Minhas dores e temores
Mero andante

Andarilho das estrelas
Entrelaço

Laço a alma
Amo a vida
que me faço

e refaço
em saudades e amores

construção de sonhos
lapidando as dores

transformando em estilhaços
e nuances do saber

inteligência infinita
da essência do querer

Em Ser,
me transformo
E ascendo o fogo da Evolução

É a chama do amor
Luz Perfeita
Refletida do vibrar do coração

terça-feira, abril 17, 2007

Minha Dor, apenas (A um amigo distante)


Se fosse apenas uma dor
Talvez eu nem me importasse
Mas não
Não é apenas isso

É um amor que não retorna
Apenas vai, e vai...
Sem volta

Nem cedo
Nem tarde

Amizade?
Talvez
Daqui pra onde chega o meu coração
Disso eu sei

Mas não de lá pra cá
Pra lá, apenas
E vai, e vai...
Sem nunca voltar

Que dura realidade
Um amor só meu
Sem maldade

Apenas amar
E amar

Quando olho lá,
Felicidade

Quem me olha?
Talvez o céu ou as águas do mar

Amar tem dessas coisas doídas
Sofridas
Que vão e não vem

Ou talvez seja eu
Que não mereça amizade

quarta-feira, abril 04, 2007

O Melhor (Ale - 04/04/2007)

Eu posso subir no topo de qualquer montanha e escolher permanecer ou mesmo descer todo o percurso que subi. Tenho outra escolha: Pular, posto que a queda é mais veloz e o tombo marca mais que uma descida. Subir, descer, pular, tanto faz, isso não é o mais importante e sim tudo o que eu vivencio e aprendo com qualquer uma das escolhas que faço. O que forma o ser humano é a experiência, ou seja, o aprendizado das coisas vividas. Isso o prepara para as escolhas, porém estas sempre se renovam, de forma que apesar de termos vivenciado muitas delas, as próximas nos dão a impressão que nunca havíamos nos deparado e assim é a vida, novas escolhas, novas experiências e um eterno aprendizado. Não me faz maior ou menor e nem mesmo igual a alguém escolher ficar, descer ou pular. O que talvez me faz o melhor que eu posso ser, diante de mim mesmo e de minhas próprias comparações com o meu próprio histórico, e não com o histórico dos outros, é o meu querer aprender e conseqüentemente o aprender a respeito do que vivencio a cada momento e com base neste aprendizado, aprender a escolher. Não porque me torno “O Bom” ou “O Melhor em relação a um outro”, mas porque me torno um melhor ser humano, diante de meu compromisso comigo e com a força movedora que é o universo, facilitando o fluir dos acontecimentos para que aconteça uma melhoria em minha existência e conseqüentemente, não como apenas uma finalidade, um melhor convívio natural com o que chamamos “Todo”, incluindo outros seres humanos.

O que de fato tem sido muito importante pra mim, diante da vida, é o fato de eu sempre ter comigo o querer ser o meu melhor, como disse, sem usar como base um outro, mas eu mesmo, o melhor do que fui até então e não o melhor do que alguém está sendo. Avaliar, no sentido de observar os demais e utilizarmos os exemplos de vida de cada um como uma bússola, e assim direcionarmos nossas escolhas, não significa querer ser melhor do que os outros. Significa melhorar a mim mesmo.

Na vida, só tenho o direito de ser melhor do que eu mesmo!