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Minha alma é meio assim
Solta em demasiaPor esta imensidão sem fim
Imensa feito luz que banha o dia
Senão o que há em mim?Digam enfim, o que seria?Se não for a corQue cor teria?E se porventura, meu DeusNão for o amorQue nasce de uma poesiaO que então
Toda essa imensidão
Que há em mim, seria?Mera e boba ilusãome caberia?
Imensurável solidão?Vulgar filosofia? Ou um pequeno coraçãoacostumado a monotonia? Óh grande marDe águas braviasQue sois então?
Vós que por hora és tormenta
Cheia de correntezasEncrespadas por ventaniaQue sem aviso,avança e adentraenquanto eu dormia. Alguém,
no mundo Real ou da fantasiaPoderá me desvendar emfim...O que todo o meu coração Seria? Esse mar,
de tempestade e calmaria?
Quando nasci, meu pai
Desses que compram
Disse: Vai, Alessandro, (H)enrique. Os carros olham os homens
Que as mulheres correm atrás
Dos homens sem dúvida,
dos carros, bem mais.O ônibus passa lotado
Trinta e seis sentados, quarenta em péPara que tanta gente pobre, meu Deus?Pergunta o zelador.Porém meu patrão, não pergunta nada. O homem de maquiagemÉ sério, rico e metrossexual,Fala pelos cotovelos,Cheio de amigos interesseirosO homem rico, que malha de maquiagem. Meu Deus, porque te abandonamos?Se sabíamos que tinha outro deus,
Se sabíamos que éramos trapos?
Mundo mundo gasto mundo
Se eu me chamasse Gastão,
Seria uma solução e não uma rima.
Mundo mundo gasto mundoMais gasto com meu cartãoEu não devia falar,mas este shopping,este SPA,botam este povo entretido com o diabo.