quinta-feira, julho 21, 2005

Amor de Criança (Ale 21/07/2005)


Saudade de mim!
Do tempo em que eu brincava de existir
Tempo em que minha alma era leve e tudo que eu via colorido
Saudade de uma criança solta no templo de emoções bonitas.
Ah, saudade!
Hoje eu sinto falta do brilho nos olhos de todas as pessoas que para mim eram lindas
Quando pra mim não havia a maldade ainda
Saudade do cheiro de flor que tinha em tudo a minha volta
Saudade do meu avô, homem justo e verdadeiro.
Talvez a única pessoa que me dava carinho simplesmente por me amar
Quando não havia pra mim algo chamado, desconfiança.
Quando tudo que me bastava era o amor e a esperança
A esperança de que nunca esse tempo se acabaria em minha alma
Hoje estou aqui, dentro de uma realidade crua,
De como são realmente as pessoas
Hoje eu vejo que talvez esse amor, que muitos pregam sentir,
Não passa de um jogo
Como a tal da estratégia.
Quem está ganhando?
Por quê eu estou tão abaixo da média que a matemática da concorrência exige?
Tenho que me recuperar!
Devo pensar em uma jogada inteligente.
Quase um xadrez de gente!
Dura verdade, jogos de trapaças, sentimentos mesquinhos.
Porque não apenas amar e sentir carinho?
Saudade do tempo em que o amor era verdadeiramente um sentimento bonito
Talvez até nem tenha existido esse tempo, somente no coração de uma criança!
Talvez eu que esqueci de crescer e o mundo todo está certo
Todo o amor que eu sentia e que eu via era somente um joguinho infantil
Para crianças de 0 a 12 anos
Esqueci que cresci
Ainda brinco de amar sem maldade
Ainda tenho o joguinho...
Ah, já sei! Talvez ainda haja alguém nesse mundo perdido
Que compreenda o que sinto
Que saiba brincar como eu...Vou chamar:

Ei, por favor, alguém quer brincar comigo?

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