quinta-feira, agosto 03, 2006

Natureza humana, complexidade simples (Ale-03/08/2006)


O que é a natureza humana? No processo do desenvolvimento, desde quando somos crianças, principalmente quando somos, funcionamos como esponjas, absorvemos e absorvemos. Reflexos; manifestações; Gestos; Jeitos; Estilos; Maneiras; Atitudes; Comportamentos e até formas e maneiras de pensar. O que somos então? Somos realmente o que imaginamos ser? O que é ser? Formamos a personalidade em função do meio que estamos vivendo. Há quem diga que já trazemos coisas em nossa alma que é nossa. Teoria reencarnacionista, mas que não elimina o raciocínio, pois mesmo trazendo coisas de outras vidas, ainda assim são coisas absorvidas por nós. Retrocedendo até a nossa "criação", o que somos? Esse pensamento me faz crer que não há espaço pra ser humano algum ter alguma arrogância de que é alguma coisa muito importante, mas também não me dá o direito de julgar as pessoas arrogantes, posto que assim elas são, pelo meio e pela forma que assimilaram as informações na vida. Diante das circunstâncias, se alguém aparentemente humilde e compreensivo estivesse vivenciado meios em que sua "alma" acumulasse outras informações este continuaria sendo alguém assim? Sim, talvez devido a sua evolução. Mas a evolução também é fruto do que aprendemos, ou não? O que é evolução? As vezes vejo crianças ainda, tão cheias de superioridade e muitas vezes vejo adultos tão cheios de dúvidas tal qual uma criança. Essa é a beleza da vida, as diferenças humanas em busca da unificação. Vaidade é sutil e quase imperceptível e é preciso muita boa vontade para detectá-la, ouso dizer que é preciso muito desapego de si mesmo pra tal percepção. Humildade é a supremacia absoluta de um ser, porém da mesma forma é imperceptível, posto que no momento em que se ousa percebe-la já deixou de ser humildade. E assim, nós, os seres humanos em busca de nos compreendermos e compreendermos a vida e as manifestações de nossa natureza. Amar, talvez seja o melhor caminho, porque é amando que nos percebemos e compreendemos que apesar de não sabermos o que somos, podemos ao menos sermos espelhos que refletem a grande energia movedora do amor, o próprio universo pulsante da vida. Termino esse texto, citando uma frase que considero cabível, de Paulinho da Viola: "Não sou eu quem me navega, quem me navega é o mar"! Resta-me apenas compreender o movimento do mar e me entregar às suas águas.

2 comentários:

Pedro Campos disse...

Olá, Alessandro. Desculpe a demora do comentário. Acho que você conseguiu algumas boas idéias, não obstante ser-me mais a gosto a reserva de alguns comentários que fez. Fica ao critério e ao gosto de cada um, é claro. Mas é assim que me sinto melhor, não posso negar a minha própria natureza. Bom, gostei bastante do raciocínio que teve da absorção de experiências, inclusive numa perspectiva reencarnacionista. Me fez pensar boas coisas. Ademais não tenho muito o que comentar, foi o que eu já disse. Não sei se fui claro, espero que sim. Um grande abraço!

Anônimo disse...

inspiração, bela inspiração! Esta também parte integrante da força do amor! abraços fraternos...