quarta-feira, fevereiro 13, 2008

Sequidão (Ale - 13/02/2008)


Sopro feito o vento
solto no espaço

cuspo na cara de quem ri de tudo
mas na verdade, não

minha surdez é a sensação
de estar só

com meus botões
me olho e sofro

na verdade
um riso quieto
é quem me fala do amor

nem sei ao certo se aqui dentro mora alguém

O que eu sei é que talvez
eu vá embora de mim mesmo um dia

pois entre o azul do céu da tarde
e a terra seca
dormem nuances de alegria

4 comentários:

R. Sant'Anna disse...

LIndo poema...
Já tive, muitas vezes, vontade de sair de mim e procurar um lugar calmo para eu descansar em paz...

Um abraço!

Ale (mestressan) disse...

Grato "Ray" - o que acha então de fazer isso? ;-) Bjos e volte sempre

R. Sant'Anna disse...

^^
Bem que eu gostaria, mas apesar dos pesares a vida vale a pena...
hahaha!
É verdade...
A dor, se vista por outro angulo, pode ser bonita...
E eu não sei o que seria de mim sem ela...

Um abraço!

R. Sant'Anna disse...

acredito que pessoas capazes de entender a vida e os sentimentos já nascem amigas!