
Entre as paredes que separam almas,
a rosa que as unificam
E o concreto acinzentado sob o sol
O corpo aquece, feito ferida descascada
Levemente untada com areia
A cabeça dói com a velocidade
Não, eu nem sei se do pensamento
Ou se do vazio
Mas sim, o vazio é veloz
Muito mais do que luz que acende
E as entranhas que atormentam
Não me deixam dormir a noite
Nem mesmo ao dia
Mas o que importa?
O sabor amargo ou azedo
é mesmo o que se tem?
Porque na verdade
O que é demasiado doce me dá enjôo
Nem sei o que é melhor
Talvez nem mesmo o seja
O que mais eu quero ver?
Meus olhos refletidos?
Muitas perguntas descabidas
Não cabem se quer
em qualquer resposta tola
dirigida a mim
por mim mesmo
Sim, de fato
Nem sei de mim
E quem sabe?
7 comentários:
Um poema muito intenso.
'Porque na verdade
O que é demasiado doce me dá enjôo'
gostei (:
Grande abraço!
É, bem intenso amiga!
Boas palavras.
Sim senhores! hehehe
Passo por aqui novamente para deixar meus parabéns por + um belo poema!
Adoro-te
rsrs Depois de anos sem passar por aqui... Vim desejar tudo de bom pra vc, meu amigo! Beijão da PRI CASSOU
procurar saber da gente, do mundo, da vida, para mim é meio que "esperando godot", rs. eterna espera por algo que sempre chega amanhã. e, o amanhã é distante (ou não, rss!).
Postar um comentário