quinta-feira, outubro 27, 2005

Eu quero meu pai...(Ale - 27/10/2005)


A poesia não brota de alguém distante de tudo, até mesmo de si. Versos simplesmente não palpitam no peito de um ser cansado! De existir? Não sei! Existência é como água, hora em um esgoto sujo e escuro de uma grande cidade; Hora na mais bela cachoeira, colorida pelo reflexo das florestas iluminadas pelo sol.

Desabafos e dores; Desesperos entre crises que me sufocam para dentro de mim mesmo. Adulto? Estranha e incômoda ilusão porque para mim, na verdade tudo não passa de um jogo da nossa mente para que, convencidos de que o somos, consigamos suportar os açoites da vida. Somos crianças obrigadas a enfrentar dores sem chorar; Chorando, que o seja, mas sem poder ridicularizar nossa “imagem” de fortaleza humana, pronunciando a velha e conhecida frase: “Eu quero o meu pai...!”, ou mãe, como preferir a nossa afinidade. Parece até uma brincadeira o que estou falando, mas como diz um amigo meu: “Na hora a brincadeira não aparece”. Talvez nem haja solução para isso, acredito até que existam formas de amenizar tantos problemas e até serei audacioso de citar algumas:

a) Conforme-se que é “adulto” e dê seu jeito;
b) Desenvolva a capacidade de colocar pra fora através da arte, seja ela escrita ou não;
c) Ridicularize-se esperneando, chorando e gritando: “Eu quero minha mãe”. ou pai, como preferir sua afinidade; d) Opções b e c simultaneamente; (A que eu estou utilizando agora).

Quando comecei a escrever tinha a intenção de fazer desse texto uma bela ferramenta de reflexão, mas pelo visto não obtive o resultado desejado...Acho que ridicularizei demais e o pior de tudo é que nem tenho como me redimir, porque como diziam os profetas “tudo está escrito!”

(Obs.: Peço de coração, aos leitores deste texto literalmente “apelativo” que imprimam e encaminhem uma cópia ao meu pai...ou mãe, qualquer um pra mim hoje serve, a afinidade que se dane!)

terça-feira, outubro 25, 2005

Caminho (Ale - 24/10/05)


Hoje me encontro aqui, em meio a espaços infinitos e universos imensuráveis! Busca incessante da alma essencial em conhecer as razões irracionais de existir e de sentir. Perdido dentro do todo que me formou humano. Transformado em pedra bruta pelas forças naturais. Formado em decadência pela culpa de surgir, mas criado para ascender. Enquanto aqui, sou preso; Enquanto fora, poeira!

Mundo de trevas que contém a dúvida e a incerteza. Impureza soprada pelas tempestades de fúria e desequilíbrio. Inferno em que reside o sofrimento, a dor e o lamento. Como maltratas os que te habitam! Terra, embora treva, forjas o homem em fino aço; Talhas a pedra em diamante. Grande mãe esculpida; Arquitetura perfeita da força do universo; Obra completa da engenharia celeste! Em ti, grandioso globo, encontra-se todo elemento necessário à alquimia da alma.


Como é árdua a incessante busca da inteligência infinita. Perseguições de forças; Libertação de apegos; Dores e dissabores; Lutas interiores; Crises da Existência. Oh mente humana! Redemoinho acelerado de pensamento, quase todo ele desnecessário.
Luz! Caminho único do “Ser”.
Paz! Energia pura da imensidão celestial. Estado consciente quando o “Ser” é real, quando se realmente “É” apenas.
Todas estas coisas pela harmonia infinita após a lapidação de si. A transformação do homem; A Ascensão ao “Todo”; A unificação completa; A glória infinita da vibração eterna e perfeita!

Um “Ser” de AMOR!

terça-feira, outubro 18, 2005

Encanto das Flores (Ale - 18/10/05)


Uma bela manhã!
Quando o sol despontava
Uma flor acordou
Espreguiçou suas asas
e voou...

Mas pra onde ela foi?
Veja! Ali está ela...
Misturada ao azul
Fez do céu aquarela

Como é linda minha flor
Asas tão coloridas
Preenchendo de cor
O espaço e a vida

Quando chega o vento,
se sacode dançando
lança cores no tempo
todo o ar vem pintando

À noitinha ela sobe
Toda alegre e faceira
No infinito ela dorme
Transformada em estrela

Madrugada ela cai,
lá do céu serenando
Como gotas de amor
Novamente ela vai
Transformando-se em flor

...e acorda voando!

quinta-feira, outubro 06, 2005

quarta-feira, outubro 05, 2005

Adeus (Ale - 05/10/2005)


Vai e voa pra este céu,
aonde meu olhar não te alcança
Esconda-te por trás do teu próprio véu...
Borboleta azul

Meu amor de criança...

segunda-feira, outubro 03, 2005

Sempre (Ale -03/10/05)


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Ontem eu vi a terra do nunca.
Um lugar onde sempre se é criança, onde a vida é singela e pura.
Um lugar onde a beleza reina em todos os cantos que existem!
Naquele lugar eu voei com meus sonhos em busca de tudo que me fazia bem.
Tanta flor e tanto amor que caiam lágrimas de meus olhos sem se quer senti-las de tanto bem.
A terra do nunca é tão real quanto o amor que se tem.
É tão intensa a presença da luz que arranca da alma todas as dúvidas que porventura se tenha e nos trás a certeza.
O coração é feliz e o amor é presente.
Será que um dia mudarei para lá?
Lá, as flores e fadas confundiam meus olhos junto às borboletas. Folhagem de cor
Lá, os sonhos da alma, penetravam a razão e faziam o coração se entregar ao amor
Lá, não havia nenhuma maldade existente. Tudo era Luz
Tudo era paz
Todo o amor sempre estava presente
Tudo se via e a tudo se amava
A criança sorria
A natureza cantava
Só havia criança nessa terra esperança,
Terra encantada
A terra do nunca é pra sempre
É como fonte de vida
É a terra aonde toda e qualquer criatura
Por mais simples que seja,
se compara a uma flor,
com perfume e pureza
perfeição e beleza
Minha terra do nunca e do sempre
Minha terra do amor!