
Um calor e uma dor...
Desespero!
E aqui, me refaço cada parte
Pequenas fagulhas em tantos dias
Recomponho em tinta
como a arte
me afogo e me alegro
com as noites em meu peito
é o que me faz sorrir
Chorar muitas vezes
me deixa até sem jeito
Colorir...
cada cor que me retrata em si
reflete um ardor
e a poesia se remonta
como a luz que jamais se apaga
mas meu coração
este sim
um dia cala
e quando eu talvez nem perceba
o poeta morre
e aquele pequeno universo
pára
“não, eu te peço
por favor não se acabe...”
mas a minha voz desaparece
o mundo claro
anoitece
e a noite encobre tudo que por hora eu via
a voz não mais declamará
porque enfim
era tudo engano
nada disso existe
talvez somente
dentro de mim
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