
Às vezes me sinto pedra
Atirado ao deserto
Em minha volta
Distâncias infinitas
E solidão
O calor infernal
me corrói os sonhos
tento buscar um brilho
de gota d’água
ou o cheiro de uma rosa
mas a tempestade
de areia seca
me cobre a face
agonizo nas noites frias
do meu próprio coração
e um medo invade
apenas lágrimas me consolam
e quando choro
revivo dentro de mim meu sonho
de que os ventos me atirem ao rio
lá, as águas deslizam sobre meu corpo
em forma de carinho
e o próprio vento me acaricia
lá também,
talvez eu tenha
eternas companhias
Só assim, serei completo
Um rio é o paraíso de toda Pedra
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