segunda-feira, outubro 30, 2006

A Pedra (Ale - 30/10/2006)


Às vezes me sinto pedra
Atirado ao deserto

Em minha volta
Distâncias infinitas
E solidão

O calor infernal
me corrói os sonhos

tento buscar um brilho
de gota d’água
ou o cheiro de uma rosa

mas a tempestade
de areia seca
me cobre a face

agonizo nas noites frias
do meu próprio coração
e um medo invade

apenas lágrimas me consolam

e quando choro
revivo dentro de mim meu sonho
de que os ventos me atirem ao rio

lá, as águas deslizam sobre meu corpo
em forma de carinho
e o próprio vento me acaricia

lá também,
talvez eu tenha
eternas companhias

Só assim, serei completo

Um rio é o paraíso de toda Pedra

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